Os 70 anos da Orquídea, indústria de farinhas, massas, biscoitos e pães de Caxias do Sul, na serra gaúcha, não são o único motivo para a empresa comemorar. Hoje, vivem o primeiro ano com o selo de negócio bilionário. O faturamento em 2022 foi de 1,2 bilhão de reais. E a projeção é praticamente dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, chegando a receitas de 2 bilhões de reais. Como? Parte da estratégia é acelerar a expansão para fora do Rio Grande do Sul, incluindo uma nova fábrica de R$ 30 milhões em São Paulo. A outra envolve um investimento de R$ 200 milhões em melhorias e novos equipamentos para as atuais fábricas, principalmente a de Caxias do Sul.
Vamos usar esse dinheiro basicamente em produtos e na fábrica de biscoito, diz Rogério Tondo, CEO da Orquídea. Terá ampliação do parque fabril e da estrutura física, vamos construir prédio, adicionar novas linhas de produção e colocar espaço para novas linhas no futuro.
Há apetite para isso. No mercado, o faturamento das fabricantes desse tipo de guloseima cresceu 54%, para 29,2 bilhões de reais em 2022, segundo dados da Abimapi, a associação de fabricantes de farináceos e derivados. Recentemente, a empresa gaúcha lançou uma versão de bolachas de água e sal em embalagens menores, voltadas sobretudo para quem deseja fazer um lanche fitness no meio do trabalho. É sempre uma aposta, porque fazemos produtos inovadores, que até então não estavam no mercado, diz Rogério Tondo.
Como será a nova fábrica em São Paulo
Além do investimento de 200 milhões de reais, outros 30 milhões de reais serão aportados em uma nova fábrica da empresa em São Paulo. Será a primeira linha produtiva da Orquídea fora do Rio Grande do Sul.
A fábrica será usada principalmente para fabricar produtos da marca Sabor de France, voltada para pães refinados, como ciabatta e multigrãos, além de quitutes típicos de padarias européias, como croissants e pastéis de Belém. São pães pré-assados e congelados.